Compliance PME
- Daniela Quaglia
- 14 de dez. de 2020
- 2 min de leitura

Pequenas e médias no Brasil, são responsáveis por 55% dos empregos (dados Sebrae). E, em que pese a grande influência econômica no mercado brasileiro, estas empresas passam por muitos desafios para se manterem no mercado altamente competitivo.
Um dos desafios altamente impactante, é a falta de uma governança corporativa eficaz. A maioria delas, carece de um programa de compliance, o que dificulta o cumprimento da legislação, dos regulamentos e o exercício da ética profissional.
Isto porque, atualmente, para se sustentar no mercado e competir com grandes empresas, investidores e/ou compradores estrangeiros e conquistar o consumidor, é imprescindível que todas as empresas possuam um programa de política de governança, incluindo, no mínimo, código de ética e conduta e política de privacidade, o que contribui para maior credibilidade, com a transparência em relação à normas e legislação que o programa traz.
Outro desafio comum, é o cumprimento das legislações trabalhista, previdenciária e tributária. O descumprimento destas normas, pode gerar prejuízos financeiros e à imagem das pequenas e médias empresas, dentre eles, impacto na concessão de crédito, principalmente de fontes públicas, impossibilidade de participar de licitações públicas, fiscalizações com aplicação de multas e, até mesmo, a suspensão das atividades. Tais controles se tornam altamente eficazes com um programa de compliance.
Atualmente, existe a obrigação legal, conforme a Lei Anti-Corrupção, vigente no Brasil, que todas as organizações que se relacionam de alguma forma com a administração pública, adotem um programa de compliance. Todavia, as vantagens de se adotar um programa de adequação, não se restringem ao cumprimento da legislação, haja vista que:
i. Conquista clientes, parceiros e colaboradores éticos;
ii. Atrai investidores;
iii. Facilita a obtenção de crédito;
iv. Proporciona um excelente clima organizacional;
v. Os colaboradores se sentem mais seguros;
vi. Elimina riscos de fraude, roubos e corrupção;
vii. Viabiliza a implementação de controles mais ágeis e eficazes;
viii. Cria uma marca mais sólida no mercado.
Uma dica para iniciar um programa de governança, é investir em processos internos e treinamento com colaboradores, iniciando pela ética profissional, que faz com que os envolvidos desenvolvam uma cultura de coletividade, não só no ambiente de trabalho, como também no papel de cidadão.
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